A Taça Guanabara começou a ser disputada em
1965, completando, em 2015, 50 anos de disputa; matemática e filosofia à parte,
temos 51 campeões e seus respectivos vices.
Em oito anos, ela foi disputada como torneio
isolado, 65 a 71 e 80; em outras duas ocasiões, em partidas únicas, nos anos de
94 e 95, quando os vencedores dos grupos A e B, do 1° turno, se enfrentaram,
decidindo o titulo da Taça, não, do turno; visto que os campeões de cada grupo
levavam um ponto de bonificação para a fase final do estadual, em turno e
returno.
A regra vigente ainda premiava, com um ponto a
mais, a equipe que tivesse conquistado o maior número de pontos entre os dois
grupos, em 94, o Vasco se valeu dessa condição, em 95, foi o Flamengo; mas,
jogando pelo empate para ser o campeão estadual, perdeu para o Fluminense, por
3x2, com o famigerado gol de barriga do Renato Gaúcho.
Nos quatro anos iniciais, o campeão da Taça GB
conquistava uma vaga para disputar a então Taça Brasil; cujo campeão garantia a
sua vaga para a Taça Libertadores da América.
Aqui, um parêntesis: eu diria que a Taça
Brasil é o embrião da Copa do Brasil, para mim, não cabe, em hipótese alguma,
sair distribuindo títulos de campeão do Brasil, por razões meramente
politiqueiras, para torneios daquela monta; sim, são títulos nacionais, mas,
não dá para fazer a equivalência com os brasileirões de 71 em diante e dadas as
características, sem dúvida, é válido incluir, como campeonatos brasileiros, os
"Robertões" de 1967 a 1970; neste último ano, denominado de Taça de
Prata.
Ao final, segue planilha com as
características, decisivas ou não, de cada ano; onde o "último jogo"
marcado pela tabela, coincidentemente, decidia a Taça Guanabara e o "jogo
extra", de forma clara, refere-se a um único jogo; a título de
esclarecimento, em 69, na última partida, o Fluminense "decidiu"
contra o América, ganhando por 1x0 e o vice foi o Botafogo; o América, que
seria o campeão, se tivesse ganho, foi o 4° colocado; analogamente, em 71, com
três gols do Mickey, recordo bem esse jogo, o tricolor ganhou do Flamengo por
3x1; que, como o América, em 69, seria o campeão se tivesse ganho, mas, foi o
4° colocado; o vice, novamente, foi o Botafogo.
Nas postagens iniciais deste blog, falei sobre
as Taças GB de 66, 68, 70 e 72; 65, eu não vi e 69 e 71, que acabei de citar,
acima; assim, particularmente, sobre a Taça GB de 67, quero
"contribuir" com o relato abaixo.
Fui a essa final com o meu irmão, também
flamenguista e o meu pai, "americano"; torcemos de montão pro
Mequinha; que, na 1ª rodada, tinha derrotado o Flamengo, por 3x0 e contava com
Antunes e Edu, irmãos mais velhos do Zico.
Um jogaço, com direito à prorrogação e três
gols de Paulo Cézar Lima; então, com 17 anos, muito tempo depois, Caju.
O Botafogo fez 1x0, o América empatou, em
seguida e virou pra 2x1, em magistral cobrança de falta,
depois, sofreu o empate; na prorrogação, o PC fez o gol da vitória, sendo
que, Jairzinho foi expulso ao final do 1° tempo.
Fato curioso aconteceu no dia seguinte, quando
estava indo, de ônibus, para a aula, no Jardim Botânico, Escola Vitória Régia;
em dado momento, o motorista abriu a porta da frente do veículo, linha
Gávea-Leme, acho que era a linha 592, então, o craque entrou e ficou batendo
papo com o condutor; muito "legal" pra mim, digamos, um garoto de 10
anos, que jogava bola e também era canhoto, tendo a oportunidade, naquelas
circunstâncias, de ver, pela 1ª vez, uma "celebridade", que marcou
pelo talento, apesar da "derrota" sofrida.
Curiosamente, a reunião que determinou a
compra do jogador pelo Flamengo, no final de 1971, foi realizada no apartamento
de um diretor do Botafogo, Xisto Toniato, no mesmo prédio em que eu morava, no
Posto 6; no caso, no edifício Justus Wallerstein, na Julio de Castilhos, número
8.
Em tempo: da Gávea, mudáramos para a rua
Bolivar, Posto 5, em 67, onde ficamos até 70; pouco depois da Copa do Mundo,
nos mudamos para o prédio citado, no caso, o apartamento 1208, que foi “meu”
último endereço no Rio.
O fato é que 72 foi um ano de muitas
conquistas, com uma marca negativa forte, a goleada sofrida por 6x0 (o Paulo
Cézar jogou) no dia do aniversário do Flamengo, com três gols do Jairzinho;
que, depois, pagou com a mesma moeda em 81, quando o Flamengo deu o troco,
muito bem dado.
Perdemos a Taça GB de 2015, é ruim, ninguém
gosta de perder, mas, olhando para a tabela abaixo, não dá para ficar muito
tempo aborrecido; ainda mais, com as perspectivas de crescimento exponencial
que nosso grande clube tem.
Posso estar equivocado, mas, aposto em uma
final Fla x Flu, o que seria interessante para o momento de crise existente no
futebol carioca; lamentavelmente, assim podemos estabelecer a relação:
FERJ = FlaFlu x Escória
do Rio de Janeiro
Resumo
Títulos (T) / Vice (V)
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Flamengo 20 Títulos 10 Vices
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Vasco 11 Títulos 13 Vices
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Fluminense 9 Títulos 10 Vices
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Botafogo 8 Títulos 8 Vices
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América 1 Título 5 Vices
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Americano 1 Título 2 Vices
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Volta Redonda 1 Título
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SRN,
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