quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Flamengo x Corinthians


Na minha adolescência, flamenguista desde sempre, simpatizava  e torcia, também, pelo sucesso local, claro, do Corinthians; por ser, tal e qual, o nosso Flamengo, um time do povo, de muita garra e menor talento técnico.
Àquela época, sofríamos com o Botafogo de Gérson, oriundo da base rubro-negra, Roberto, Jairzinho, Paulo Cézar Caju, além de outros craques; por outro lado, os alvinegros paulistanos não tinham, sequer, a menor chance contra o brilhante Santos de Pelé e Coutinho.
Assim, a identificação era imediata, dois clubes de grande torcida versus dois alvinegros de maior competência; porém, com o decorrer do tempo, recrudesceu a intenção do clube do Parque São Jorge de mais do que igualar-se, ser superior ao nosso incomparável rubro-negro.
Nos anos 80, esta manifesta vontade vem explicitada na revista Placar, número 611, de 5/fev/1982, link abaixo, com capa e reportagem nas páginas 12 a 17, sobre esse desejo antigo e frustrado de ser o que NUNCA SERÁ!!!
https://books.google.com.br/books?id=D_36tNhJpoQC&printsec=frontcover&rview=1&source=gbs_ge_summary_r&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false

De fato, o passado histórico e o momento presente do Flamengo, não só do futebol; mas, nas principais modalidades esportivas, como basquete, remo, atletismo, vôlei, natação e outros demonstram uma incontestável superioridade rubro-negra e a projeção para um futuro próximo é extraordinária; embora não possamos ignorar as conquistas do futebol corinthiano, em seguida à queda para a Série B, em 2007, com retorno à Série A, no ano seguinte; por mudança de liderança interna, com forte apoio político e financeiro fora dos gramados.
Assim, gradativamente, começou a ter grande sucesso; inclusive, conseguiu reverter o retrospecto nos confrontos, que nos era favorável até a década passada; então, muito por isso, o fez e o faz repensar, novamente, ser maior que o FLAMENGO.
De fato, "favorecimentos" já ocorriam pouco antes, pois, a conquista do Brasileirão de 2005 teve apoio da MSI, Media Sports Investment, com o seu principal dirigente, Kiavash Joorabchian ou simplesmente,  Kia, empresário anglo-iraniano, envolvido em várias ilicitudes internacionais; foi o mesmo que possibilitou a contratação de grandes craques como Nilmar, Carlos Alberto, Tévez e outros.
Isso, além do escândalo das arbitragens, "A MÁFIA DO APITO", que causou a anulação de onze partidas, duas das quais do time paulista; onde, inicialmente, havia perdido os dois jogos e na nova configuração, ganharam uma e empataram a outra, ou seja, quatro pontos a mais; lembrando que, em jogo posterior (não anulado) contra o Internacional, o time gaúcho foi descaradamente subtraído, com pênalti não marcado e expulsão de jogador colorado Tinga, por SIMULAÇÃO QUE NUNCA HOUVE.
https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2005/11/20/ult59u97902.jhtm
Porém, para o nosso adversário, nos dias atuais, se a Lava Jato, efetivamente, chegar ao clube do estádio de Itaquera, já era; tanto para os políticos, quanto para os empresários e dirigentes envolvidos.
Provavelmente, já chegou; mas, os fatos ainda não foram “escancarados”; desta forma, as muitas benesses recebidas pelo Timão, aparentemente, cessaram e agora, ao pé da letra, eles estão pagando o “PaTo”.
São as duas maiores torcidas do Brasil, com grandes investidores; porém, estamos, inquestionavelmente, em situação estável econômica e financeira bem superior; dívidas sendo negociadas e amortizadas com muita competência e pela prima vez em décadas, temos a projeção, ao final de 2016, de um valor menor que a unidade do cociente da dívida líquida pela receita bruta, ver link a seguir:
http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/olhar-cronico-esportivo/post/balancete-do-flamengo-confirma-reducao-da-divida-e-situacao-de-liquidez.html
Contrariamente ao rival, que, apesar de bons faturamentos e após o bônus; leia-se "Arena Corinthians", tem muita dificuldade em lidar com o ônus resultante da construção e superfaturamento do estádio pela Construtora contratada, com aval e fortíssima interferência do ex-PresidenTe da República, Lulla, PeTralha e confesso torcedor do Sport Club Corinthians PaulisTa; além do fato que, até o presente momento, os direitos de imagem, "Naming Rights", ainda não foram negociados; claro, qual companhia renomada quer ter o próprio nome associado à tal situação, claramente, escusa?
A inveja é uma merda, mas, dizer que não nos importamos com os invejosos, não seria verdadeiro; os olhos de lá estão sempre voltados para cá; isso, de fato, incomoda, claro; o grande clube paulistano, do maior e mais progressista estado do país, da maior e mais populosa metrópole da América Latina, não pode ser menor que ninguém; mas, é, simples, assim.
Também e com bastante frequência, o Araque @10Neto; sim, o "Craque Nato” é o Zico e o corinthiano bem sabe disso, ele, o mais insuporrrtável dos cronistas (não jorrrnalistas) esporrrtivos do Brasil (também penso assim e não sou só eu quem digo isso) fala da nossa suposta torcida terrrceirizada; esquecendo, dos muitos paranaenses do norrrte e do oeste, que torcem pro Londrina, pro Maringá, pro Cascavel e pro Timão; dos matogrossenses e dos alagoanos, pro Comercial e pro Asa de Arapiraca e em outros locais do Brasil afora; porém, a grande pujança da sua torcida é local, regional, o Flamengo é, única e verdadeiramente, um clube nacional.
Ele também se esqueceu desse twitter...
Tampouco desconhece ou se faz de desentendido, quanto aos clubes míticos mundiais, citados pela FIFA; dos quais, na América do Sul, apenas Flamengo e Boca Juniors fazem parte dessa seleta lista.
Recentemente, um jornalista, de fato, assumidamente torcedor do time paulista, perguntou ao repórter inglês da BBC, Tim Vickery: “qual o maior time do Brasil”?
Este respondeu, na lata, FLAMENGO e de forma histórica, pela ação visionária do então presidente José Bastos Padilha; pois, em meados dos anos 1930, trouxe para o time de futebol, os três maiores jogadores negros do Brasil, Domingos da Guia, " O Divino Mestre", Fausto dos Santos, "A Maravilha Negra" e principalmente, Leônidas da Silva, "O Diamante Negro"; possibilitando, assim, a realização de várias excursões pelo Brasil, com jogos, prévias e demais detalhes amplamente divulgados pelo Jornal dos Sports, comandado por Mario Filho, cunhado do então principal dirigente do clube; além, claro, da implantação do brilhante projeto "Futura Geração Flamenga", tudo detalhado no arquivo abaixo:
http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276186450_ARQUIVO_RenatoSoaresCoutinho-Anpuh.pdf
Certamente, o Rio de Janeiro sendo, à época, a capital federal, com forte penetração da rádio em todos os lares brasileiros, nos “quatro cantos do país”, também contribuiu e muito para a consolidação da maior marca do Brasil, FLAMENGO; assim, não haveria outra resposta a dar ao comentarista/torcedor @andrizek; que, de tão desconcertado, falou do Santos de Pelé, do São Paulo, não citando o “seu” Timão, pra não dar “bandeira” e acabou levando outro toco!
O link, a seguir, demonstra isso: 
O Flamengo tem mais de 120 anos, sempre na 1ª divisão e juntamente com o Real Madrid e o Barcelona, são as únicas associações esportivas que detêm os títulos de campeão mundial de futebol e basquete; ou seja, não é pra qualquer um!
O Flamengo é fonte de inspiração para a composição de centenas de músicas, mais de mil (número muito superior a qualquer outra agremiação esportiva do país) que citam o clube e seus grandes ídolos, nenhum outro time inspirou tantos autores.
Também, para a origem de diversos clubes de várias partes do mundo: 
Por falar em cover, em contra-partida ao Flamengo, o clube paulista tem origem no time inglês, Corinthianque excursionava pelo Brasil; em ago/set de 1910, com grande sucesso; os fundadores, provavelmentem ao observarem textos em jornais da época, onde estaria escrito “Corinthian’s Team”; retiraram o apóstrofo, por inadequação ou por suposição de erro gráfico; então, ao proporem a fundação do time paulistano, surge o nome Corinthians.
Claro que, hoje, o “filho” tornou-se muito maior que o “pai” e também gera outros herdeiros.
E falando em cronologia, vejamos o Flamengo histórico; eis a minha seleção, num 4-2-3-1, com os reservas imediatos: Júlio César (Bruno), Leandro (Léo Moura), Domingos da Guia (Juan), Aldair (Mozer) e Júnior (Athirson); Carlinhos (Andrade) e Zizinho (Adílio); Dida (Tita), ZICO (Petković) e Romário (Sávio); Leônidas da Silva (Evaristo de Macedo). 
Alguns comentários:
1- Bruno, na reserva, pois, independente das questões pessoais que o envolvem, ele foi um dos grandes responsáveis pelo tri estadual 2007/08/09 e pelo Brasileirão 2009; mas, as conquistas de Júlio César foram maiores, pois, além dos títulos conquistados, este foi o "salvador" do time, em pífias campanhas na série A , evitando a queda, com inúmeras defesas em tantos jogos; além disso, o tempo de permanência e a sua raiz rubro-negra confirmam
a sua titularidade no FLAMENGO DE TODOS OS TEMPOS.
2- Dida, o maior, antes de Zico (ídolo do Galinho) e pela direita, para ter vaga nesse esquadrão de ouro rubro-negro, com Tita, na reserva.
3- Leônidas da Silva, o inventor da bicicleta, craque da Copa do Mundo de 1938, com Evaristo de Macedo, na reserva. 
4- Romário, pela forte identificação e histórico de 204 gols, em 240 jogos, com extraordinária média de 0,85; com Sávio, "O Anjo Loiro da Gávea", na reserva.
Escalando o “Timão”, teríamos, certamente, Domingos da Guia (citação mais abaixo); Rivellino, “despejado” pelo alvinegro e Marcelinho Carioca, o maior ídolo dos Gambás; que foi vendido pelo  Flamengo, em 1993, para "pagar o salário dos medalhões"; sendo ele, um dos dois grandes craques da safra rubro-negra gerada nos anos 1990; quando, inclusive, conquistamos a Copinha, eliminando o Corinthians, com uma sonora goleada, por 7x1, cinco gols de Djalminha, o outro protagonista daquela SeleMengo Júnior.
Este saiu do Flamengo, também em 93, logo após uma briga com o Renato Gaúcho, num Fla x Flu, pelo Torneio Rio-São Paulo; indo brilhar no Guarani, no Palmeiras e no La Coruña, da Espanha.
O vídeo, a seguir, relembra esta vitória memorável:


Mas, nessa seleção corinthiana, pode estar o Ronaldo Fenômeno, carioca e flamenguista declarado, que se recuperava na Gávea, no final de 2008, quando foi furtivamente sondado e “expatriado” pelo time do Parque São Jorge, tendo absoluto sucesso nos anos de 2009 e subsequentes, esportiva e “marketeiramente” falando.
Mas, independentemente dessa fortuidade; a grande falha, a incompetência, foi da nossa diretoria que não “segurou” o craque e ele que já carregava a pecha de trairagem; pois, trocara o Barcelona pelo Real Madrid e a Internazionale pelo Milan, agora era acusado de traidor por grande parte da torcida rubro-negra, sem esquecer que, covardemente, ele citou, também, a ladainha da terceirização da nossa torcida.
Enfim, a perda do Ronaldo, nos campos, para nós, não foi sentida; pois, 2009 foi um ano inesquecível, onde o Imperador superou o "Fenômeno"; pois, junto com o cracaço Petkovic, com o legítimo Ronaldo, o ídolo Angelim, com os ótimos laterais Leonardo Moura e Juan, com o goleiro Bruno pegando pênaltis decisivos; além dos demais jogadores, todos nos proporcionaram uma grande conquista, o Brasileirão daquele ano.
Inclusive, no ano seguinte, na Libertadores de 2010; mesmo com a pior campanha entre os dezesseis classificados, eliminamos, no “mata-mata”, o Corinthians; dono da maior pontuação, após derrota por 2x1 no jogo de volta, com defesaça de Bruno, em cobrança de falta do Chicão, nos momentos finais da partida; lembrando que, no jogo de ida, ganhamos de 1x0 no Maracanã; em seguida, fomos eliminados pela Universidade do Chile, em Santiago, jogo da fatídica cavada de pênalti do Vinicius Pacheco.
Voltando aos times da história, Baltazar, o Cabecinha de Ouro, concorreria com o Ronaldo pela camisa 9 e por sua longa trajetória no clube paulistano, com mais de 200 (duzentos) gols assinalados; creio que o primeiro seria o jogador desse time secular, ainda que a técnica do Fenômeno fosse mais apurada.
Também, como comparar Zé Maria e Vladimir com Leandro e Júnior, os maiores laterais de cada clube; não dá, né e mais: "quais seriam os outros jogadores desse hipotético timaço"? Só os corinthianos sabem!
Quanto a Sócrates e Casagrande, bons jogadores; que, também, posteriormente, jogaram pelo Flamengo; são idolatrados pela Fiel, muito mais pelo contexto da “Democracia Corinthiana” do que pela excelência futebolística; Sócrates, craque, um ou dois níveis acima do Casão; ambos passariam longe do escrete flamenguista.
Outro ponto: termos como Timão e Fiel são “patentes” deles; de fato, nenhum outro clube os utiliza; mas, Nação, Manto (Sagrado) e Favela, que sempre foram, imediatamente, identificados com o Flamengo; outros times “apoderam-se”, também; porém, após o uso destas palavras, há uma clara necessidade de se explicitar a origem; ao Flamengo, não; pois, já está intrínseco, seria um pleonasmo fazê-lo.
Na torcida de lá, até aparece uma faixa, “The Favela is Here”; querendo desdizer e reconsagrar o que já foi institucionalizado para os termos “Flavela” e "Favela", a torcida "favelada" do Fla.
Nos últimos tempos, eles começaram a “blasfemar” que o Flamengo era uma filial do Corinthians, ao citarem ex-jogadores que jogavam no Flamengo, tais como Felipe, Chicão, Wallace, Renato Abreu, Elias e até Emerson Sheik, André Santos e Liédson; que foram do Flamengo antes de serem do Corinthians e voltarem ao Mengão. 
Aliás, caminho inverso fez o Elias; neste caso, certamente, a conquista da Copa do Brasil pelo Flamengo, em 2013 fez crescer os olhos do rival; que, àquela altura, tinha mais “estrutura”; desta forma, trouxe de volta o 2° volante para brilhar no brasileirão de 2015, juntamente com Renato Augusto, outro craque oriundo da base rubro-negra.
Mas, a 1ª grande transferência entre os clubes foi a do Domingos da Guia, três vezes campeão carioca pelo Mengo (1939, 1942/3), comprado pelo Corinthians, em 1944, por 300 (trezentos) contos de réis (maior transação do Brasil, até então); depois, foram muitos, além dos já citados; assim, em relativa ordem cronológica, temos: Paulo Cezar Caju, Rondinelli, Souza, Íbson, Maldonado, Alessandro, Cristian, Adriano e Vágner Love; hoje eles têm Cristian, Willians, Camacho e Bruno Paulo; além do técnico Cristóvão Borges e o Flamengo, que já teve o Mano Menezes como treinador, tem o Guerrero, “tomado”, como falou o comentarista, do Corinthians, que já não tem aquele aporte financeiro para bancar o goleador peruano e também, o Willian Arão, “removido”, agora, do Botafogo.
Não é a instituição, que eu respeito, nem a maior parcela da sua grande torcida, 2ª do país; mas, alguns desses integrantes, os dirigentes inescrupulosos, que também já tivemos e muitos cronistas, bairristas e parciais, que estimulam essa disputa inglória; pois, "ISSO AQUI É FLAMENGO", o maior do BRASIL.

SRN,

Nenhum comentário:

Postar um comentário