quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Supremacista Rubro-Negro


Flamenguista de coração, de corpo e alma;
de todas as cores, de todas as raças;
de tantas conquistas, incontáveis taças.
Sou branco, sou negro, sou ameríndio,
sou cafuzo, sou mameluco.
Sou Zico, Leônidas da Silva e Zizinho;
sou Domingos da Guia e Almir Pernambuquinho,
meu conterrâneo, indo e voltando.
Ah! Eu tô maluco...
Sim, de vera, sou de Pernambuco, nato;
mas, carioca de fato, de criação;
antes do Distrito Federal, setentrional.
Mengo, de Valido, Doval e Rondinelli,
que encarnaram, vestiram a 2ª pele;
fora deles, nada é igual ou mais autêntico
que a passagem do hino,
que aprendi a cantar; então, menino:
“Vencer, Vencer, Vencer;
Uma Vez Flamengo, Flamengo até Morrer!”
Aliás, mesmo depois da morte;
pois, a aura rubroenegrece e o espírito prevalece;
mas, você, que não tem essa sorte de bem nascido,
privilégio de quarenta milhões do “Mais Querido”, desista;
nem tenta, pois, Nação, Favela e Manto Sagrado
não precisam do pleonasmo
do nosso intenso nome;  
pois, já são termos consagrados do e pelo ;
como no “ABC do Sertão”, do grande Gonzagão;
nordestinamente falando.
Mas, o Rubro-Negro também é Norte, Sul, Centro-Oeste
e de berço, Sudeste; então, capital do país.
Prestem atenção: “nenhum clube nacional
tem tamanha integração”!
Como respondeu Flamengo, na lata, o jornalista inglês,
sobre qual seria o maior clube do Brasil,
dizendo os porquês ao atônito entrevistador,
um dos inúmeros paulistas, mais anarquista que contestador.
Então: “aceita, que dói menos”;
pois, o que nos agiganta, vos amedronta;
o que nos acalanta, vos consome.
Nada é maior, nem nos afronta;
muito menos, o sacrilégio
de atos e palavras de menos validos,
inválidos e invejosos.
A História construiu essa dinastia,
cento e vinte e um anos de glórias;
muito mais vitórias; também, derrotas e empates;
enfim, embates inesquecíveis
que a memória nos conta.
Então, sai da pista;
sou, velocista; também, maratonista;
sou elitista, Supremacista Rubro-Negro
de atitude, íntegro;
de completude, inteiro;
Pude e posso escrever::
“Isso Aqui é Flamengo!”

SRN,

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Falsos Rubro-Negros



Caro Sr. PresidenTe do Clube de Regatas do Flamengo, (Eduardo Bandeira de Melo, doravante, EBM; também, Mr. Mengoo (Mr. Magoo), em alusão ao famoso desenho animado da United Productions of America, criado em 1949; claro; não, por intimidade e/ou por desrespeito, mas, por consagração pública do acrônimo e da imagem do caricato personagem principal, Mr. Quincy, um velho baixinho, careca e com deficiência visual. 
Declaro, também, que sou “velho”, careca e uso óculos; diferentemente, "sou brasileiro, estatura mediana, gosto muito de fulana"...
Portanto, não há qualquer preconceito velado; apenas, a questão da visão, no sentido interpretativo de “enxergar” os fatos e não criar inimigos como a imaginária persona da ficção o fazia e o Senhor, também, pelo conhecimento das últimas declarações e atos descabidos.
Enfim, tenho alguns questionamentos sobre as políticas do clube, com respeito à gestão do futebol e outros aspectos inerentes; tal, reforçado ao ouvir as suas palavras, após a triste derrota para o San Lorenzo; termos estes, não muito diferentes de outros proferidos em ocasiões diversas de derrotas, perdas de títulos.
Para mim, claro está e isso é “política”; há um séquito de bajuladores, de IDiotizados manipulados por ID’s, ditos Influenciadores Digitais, prontos a aplaudi-lo, em quaisquer circunstâncias.
Nessa linha, também existem o “jornalixo” bairrista anti-flamenguista e o jornalismo esportivo sério, de opiniões isentas; que, na minha visão, os dois maiores representantes são o palmeirense Paulo Vinicius Coelho, PVC, da Fox, quando não envolve o time dele, comparativamente e o flamenguista Mauro Cezar Pereira, MCP, da ESPN; claro que existem (?) outros bons e imparciais profissionais neste ramo.
Aliás, no Twitter, fui bloqueado pelo MCP; creio que, por razões ideológicas; sou radicalmente anti-esquerdista, o que não me parece ser o caso dele, nem o seu, Sr. PresidenTe; notadamente, após apoio ao candidato derrotado à Prefeitura do Rio (que alívio!), Marcelo Freixo, do PSOL, que tem ligação partidária com o seu irmão.
Devo tê-lo chamado de prepotente, o comentarista; como assim o qualifico, EBM; mas, digo que, apontamos nos outros, aquelas virtudes e/ou defeitos que mais reconhecemos em nós mesmos; assim, certamente, em minha vida pessoal e profissional feri pessoas, por julgamentos, atos e/ou palavras dos quais não percebi, enquanto os cometia.
Após o fatídico jogo, o jornalista MCP, bastante emocionado, lhe fez colocações contundentes e realistas sobre o nosso time e o Senhor, questionado, tomado de “fúria” controlada, falou como torcedor, ofendido da suposta falsidade daqueles que o confrontam, que, “graças a Zico”, existem; mas, como eu, não temos questões pessoais nenhuma contra o EBM; porque somos todos Mengão, o Senhor também e queremos o melhor para a instituição esportiva maior do Brasil; a questão é jurídica, CNPJ; não, física, CPF (Cadastro do PresidenTe Flamenguista).
Desculpe, não posso perder a piada...
Assim, pergunto:
- o que o faz pensar que o Senhor, seus seguidores e seus aliados, são os Verdadeiros Rubro-Negros?
- por que eu, flamenguista de (quase) sessenta anos, diria que seu contemporâneo e também, outros tantos torcedores, com ideias próprias, todos os que não concordam com as suas palavras e/ou ações, os que lhe enfrentam; seríamos os Falsos Rubro-Negros?
- onde existe a escala “Flamenmetro”, pra determinar que um RN é mais Flamengo que os demais?
Certa feita, o “Pofexô” disse que “vocês” não entendem nada de futebol; concordo conceitual e parcialmente e explico que sou Engenheiro Mecânico, mais voltado às áreas de Refrigeração e Ar Condicionado e tenho encontrado muitos profissionais, sem formação especializada; mas, que têm a prática, anos de experiência; assim, também podem e devem opinar,  com propriedade, se demonstrarem esta competência; o que não é o caso do Senhor, com a sua ingerência no futebol. Entretanto, minimamente, o que está faltando é uma gestão de pulso, uma liderança impositiva, que não concorde e não permita que o time seja elogiado pelo treinador, após uma derrota; que não aceite tantas desclassificações vexaminosas, por não jogarmos com “sangue nos olhos”!
Por isso, quanto ao time, faço mais perguntas e afirmações:
- por que jogadores medíocres; no máximo, regulares, como Márcio Araújo, Gabriel e Vaz, ainda são titulares?
- no caso do 1°, craques como Mancuello, Cuéllar, Ronaldo e Rômulo estão, quase sempre, disponíveis e MA, o Inominável, assim referido por elevado percentual da torcida, penso que nem no banco deveria estar.
- por que o técnico não levou o Mancuello para o jogo decisivo, quando o craque argentino conhece todas as armadilhas do local e do adversário?
- em seu lugar, o inútil Gabriel; assim, quando seria possível imaginar que esse “peladeiro” poderia fazer a função do Diego ou ser útil pelas “beiradas”, como diz o treinador?
- por que, contra o CASLA, o Zé Ricardo não escalou o Éderson para essa função, comprovadamente recuperado física e tecnicamente?
- quanto de “panela” existe, de fato, no grupo; uma vez que o William Arão declarou, publicamente, que prefere o MA no time; aquele que só joga pros lados ou pra trás; isso, porque se entende melhor com ele, também, fora de campo?
- quanto disso tem influência no técnico Zé Ricardo; inclusive, EBM, qual o tamanho da sua fala ao dizer que o MA é excepcional jogador?  
- por que a #Meu10Veste8, criada e/ou divulgada por um conhecido ID, quando a camisa do jogador deveria ser, no máximo, a de torcedor?
- isso, se MA, de origem, for rubro-negro; como verdadeiramente ocorre com o Pará; pois, a demonstração de desconhecimento da dimensão e da pujança da Nação, foi declarada errônea e publicamente, mesmo após quatro anos no clube; palavras estas que não serão apagadas, ainda que, com publicação posterior, já emitida jornalisticamente e com indisfarçada “doutrinação”.
- no caso do jogador oriundo do Bahia, ao terminar o contrato vigente, recém-assinado, serão, ao final, sete anos de “serviços prestados”, com rara atuação brilhante; até então, somente no 2x0 contra o Galo, na CB 2014 e alguns poucos bons jogos; assim, o conhecido investidor e ex-dirigente do clube, tem influência na presença do craque(?) no grupo; inclusive, como titular?
- Rafael Vaz, não o reputo como um mau jogador; diria, até, que tem alguma qualidade, como domínio e toque de bola; porém, falhou várias vezes, por displicência e/ou excesso de confiança, vide Richarlison, Santiago Silva e outros; errando, também, por má colocação, por exemplo, no gol de empate do San Lorenzo; diria que, pelas características específicas, seria desejável como 1° volante; não, como zagueiro; certamente, melhor que o inepto MA; mas, atrás dos outros já citados.
- tem obsessão por bater faltas; mas, não enxerga a prioridade de outros batedores melhores qualificados emocional e tecnicamente; mesmo que, em treinos, demonstre eficiência.
- pelo conjunto da obra, com o elenco atual, o manteria no grupo, somente na reserva.
- entendo que há necessidade de “bancar” o Damião, por conta de ligação com a Doyen (Cirino) para minimizar perdas; inclusive, não foi um erro contratar o então atleticano do PR, a insistência é que foi danosa; mas, o Felipe Vizeu está de fato, machucado, barrado ou negociado?
- quanto ao Zé Ricardo, não aceito a insistência dele em relação aos jogadores citados; inclusive, a sua gestão de “bom moço”, com elogios desnecessários e/ou fora de hora, indicam a sua falta de pulso, de comando e isso é materializado, por exemplo, nas ditas cobranças de faltas do Vaz, nos jogos.
- apesar de criticá-lo muito por essas preferências; talvez, esteja se submetendo a elas, por ser o lado mais fraco; sem condições de negá-las; mas, não o vejo com características pessoais importantes como a de ser um contestador, claro que, com embasamento técnico para comprovar as suas hipóteses; acredito na visão do MCP, que ele seja um técnico qualificado, mas, a aceitação da “panela” existente no grupo é inadmissível.
- assim, tem qualidades, demonstra conhecimentos; mas, para o “Ano Mágico” (qual e quando?), não é o treinador ideal; enfim, se não houver mudanças, espero que ele “enxergue” essas deficiências para termos, pelo menos, um semestre de magia, com a conquista da Sulamericana (Palestino?), da Copa do Brasil e do Brasileirão.
- penso ser unânime a necessidade de reforços pontuais: um goleiro (Júlio César ou Walter), um zagueiro (Gil ou Ânderson Martins) e um meia-atacante (Éverton Ribeiro ou Tardelli).
- falando em liderança, qual o papel do Mozer (grande ídolo) nessa gestão?
- e o Rodrigo Caetano, creio que a sua discrição, na maior parte do tempo, demonstra passividade e falta de liderança, exigidas numa gestão desse tipo e que não combinam com o Flamengo; inclusive, são posturas que enxergo nos seus gestos e ações, EBM; pois ser chefe, estar no comando, necessariamente, não é ser líder; é isso?
- por que, após a "saída" do Godinho e de forma não compatível, você assumiu a VP de futebol?
- então, PresidenTe, tenho feito críticas contundentes na FlaTT; praticamente não utilizo o Flacebook; porque sou impaciente, não tenho “estômago” para argumentar com a “massa de manobra IDiotizada”; já tentou convencer um PeTralha?
Por isso, do ponto-de-vista pessoal, entendo a sua conduta; mas, o representante maior do Clube de Regatas do Flamengo não pode se ressentir de questionamentos corretos, para muitos, quanto à gestão de futebol.
Esse Flamengo que tanto nos orgulha, claro que tem (ou não) a sua mão, na boa gestão administrativo-financeira do clube; mas, nunca se esqueça, que tal só foi possível, graças à fundação, à base de sustentação, aoQuarteto Flamengástico” (Bap, Wallim, Tostes e Landim) e outros, com o apoio irrestrito e incondicional de um tal Zico, Arthur Antunes Coimbra, ídolo maior e incontestável da Nação; que, também, fez sérias críticas ao futebol, sem citar nomes; mas, colocando, claramente, que há jogadores que não podem vestir o Manto Sagrado; pois, não o honram.
De novo, peço desculpas, EBM; mas, você, que entrou “pela janela”, no final de 2012 e fez um bom trabalho, com a equipe montada pelo grupo original, no 1° triênio, 2013/15; deveria, na reeleição, 2016/18, por questões de princípios, ter cedido a vez ao grupo Verde, dissidente; mas, que continuou a ter apoio do Zico. 
Para mim e para muitos, EBM, a sua mais lamentável falha; pois, caracteriza para o golpeado, um gesto de traição; porém, acredite e eu sei que você sabe, o Flamengo é maior que isso tudo.
Uma breve historinha, em 1972, um sábado, na Gávea, não lembro, exatamente, se pela manhã ou à tarde; assisti a um jogo decisivo do campeonato carioca de juvenis; hoje seria o Sub-20, Flamengo 2x0 Vasco da Gama e o time era esse: Cantarelli; Nei, Jayme (o de Almeida), Rondinelli e Vanderlei (o Luxa; então, com V e I); Léo e Geraldo (o Assoviador); Dudu (irmão de Michila e Fio Maravilha), Fidélis (artilheiro do campeonato, não vingou), Zico e Julinho (não era o Uri Gueller). 
Este jogo, este fato não me faz mais ou menos Flamengo que ninguém; também não cabe à Presidência do clube, quarenta e cinco anos depois, a outorga, o direito de proclamar a si e aos seus seguidores e aliados, como os Verdadeiros Rubro-Negros; creia, nós, que questionamos dadas condutas e pensamentos, não somos e nunca seremos os Falsos Rubro-Negros; enfim, seríamos muito maiores se as suas vaidade e prepotência não estivessem à frente das palavras e ações adjacentes; pois, o maior patrimônio do flamengo é a Nação.
Outra historinha: antes disso, em 1967, morava no bairro da Gávea, na rua Piratininga, 62; quase todos os dias, à tarde, pegava ônibus e ia jogar futebol de salão; nada de futsal, na AABB, do qual era sócio, por filiação. 
Descia na parada da Ataulfo de Paiva, no cruzamento com a Afrânio de Melo Franco; seguindo, então, por essa via, passando pela favela da “Praia do Pinto” e em frente ao conjunto residencial Papa João XXIII, bons e seguros tempos, acessava o clube, pelo portão secundário, sempre cumprimentando o porteiro, Sr. Noventa Casimiro, que parecia, aos meus olhos de garoto, Duzentos; mas, ele não está no Google!?
À noite, vindo do trabalho, BB, por vezes, meu pai jogava sinuca com um médico do Flamengo, que também era sócio do clube vizinho; este, certa vez, ao ver o meu “talento”, modestamente falando, na quadra, levou-me para o CRF; então, treinei três ou quatro semanas seguidas e pela minha idade, hoje, quase sex...agenário (nem comigo eu perco a piada); penso que devo ter batido bola com Adílio e Júlio César; não sei, não criei lembranças e para minha grande frustração, infelizmente, não aconteceu...
Antes que falem, nada de politicamente correto, nada de racismo, tenho e sempre terei boas lembranças do Merica e do Obina e quase nunca, do "Caramujo" (o gol, em impedimento, do título de 2014) e do Gabriel (jogo já citado).
Meu Flamengo de todos os tempos: Júlio César (Bruno); Leandro (maior LD da história), Domingos Da Guia, Aldair (Mozer) e Júnior; Fausto (A Maravilha Negra), Zizinho e Zico; Dida (pra ter vaga, jogaria como o Tita), Leônidas da Silva (O Diamante Negro) e Romário (204 gols pelo Flamengo); assim, apenas três ou quatro caucasianos e oito ou sete “crioulos" ou pardos.
Creia, Sr. PresidenTe Eduardo Bandeira de Melo, EBM, quero o seu sucesso profissional como representante maior do Clube de Regatas do Flamengo; mas, ouça os seus torcedores, inclusos, os analistas; que, aparentemente, na sua visão, estão contra você, o que não ocorre; pois, o pensamento é uníssono, só queremos o melhor para a nossa instituição; nada, nem ninguém é maior.
“Isso Aqui é Flamengo!

SRN,